quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Taj Mahal - India





O Taj Mahal está localizado na cidade de Agra, Uttar Pradesh, na Índia, nas margens do rio Yamuna.
Considerado como uma das mais importantes construções da História da Humanidade, o Taj Mahal tem por de trás de suas edificações uma impressionante história. Durante o governo do imperador mongol Shah Jahan, houve um período de grande prosperidade material na Índia, sendo que os recursos acumulados durante esse governo permitiram a construção de vários jardins e edifícios. Na condição de monarca, Shah Jahan tinha várias esposas, mas Aryumand Banu Begam era, sem dúvida, a mais amada.
A sua predileção por Aryumand era tanta, que passou a chamá-la pelo nome de Mumtaz Mahal, ou seja, “a eleita do palácio”. Entretanto, a relação afetuosa entre Mumtaz e Shah chegou ao fim quando a esposa preferida não sobreviveu ao parto de seu décimo quarto filho. Desolado com a perda de sua amada, o poderoso rei ordenou a construção de um enorme mausoléu que deveria abrigar o corpo de sua amada e, ao mesmo tempo, simbolizar o amor do rei à sua falecida esposa.
Nos vinte e dois anos seguintes à morte de Mumtaz Mahal, o rei não poupou esforços para que sua homenagem póstuma fosse devidamente concluída. Durante vinte e dois anos, mais de 20 mil trabalhadores foram empregados na construção do Taj Mahal, nome dado à construção, que significa “a coroa do lugar”. Entre os materiais empregados na construção podemos destacar o uso de pesados blocos de mármore da Índia, ametistas persas, safiras do Ceilão, cristal e jade chineses, pedra turquesa tibetana e o Lápis - Lazuli do Afeganistão.
Em 1657, apenas cinco anos antes do palácio ser finalmente concluído, o imperador Shah Jahan adoeceu e perdeu seu posto imperial para seu filho Aurangzeb. Durante o tempo em que ficou enfermo, Shah observava o Taj Mahal e relembrava os dias felizes que teve ao lado de sua amada. Com a sua morte, em 1666, o antigo monarca foi enterrado ao lado de sua esposa predileta. Segundo estudiosos, o gasto com a dispendiosa prova de amor acabou marcando o declínio da dominação mongol na Índia.
Atualmente, o Taj Mahal representa uma das mais belas provas de amor já conhecidas. Além disso, a complexidade de seu traçado arquitetônico coloca esse mausoléu ao lado das mais perfeitas construções já realizadas pelo homem. Sua impressionante simetria arquitetônica marca a construção de seus portões, jardins e os túmulos que abrigam os corpos de Mumtaz e Shah. Relatos ainda sugerem que, na verdade, Shah construiria um Taj Mahal Negro ao lado do mausoléu em mármore branco de sua esposa.
No século XIX, o poderio britânico na Índia colocou em sério risco a preservação do monumento devido à depredação realizada pelos oficiais ingleses e as rebeliões hindus. No século seguinte, os ingleses realizaram um projeto de restauração e proteção do monumento. No ano de 1993, o Taj Mahal foi considerado um patrimônio da humanidade e, com isso, a preocupação com sua conservação tornou-se responsabilidade de diversos historiadores, arquitetos e restauradores.
Recentemente, intrigas giraram em torno das origens e motivações que teriam levado ao surgimento do Taj Mahal. Alguns estudiosos da cultura indiana afirmam que Shah, rei mongol de religião muçulmana, teria utilizado da construção de um antigo templo de adoração hindu para construir o mausoléu. Além disso, sacerdotes sunitas reclamam para si a propriedade do templo por causa da opção religiosa de Shah. Entretanto, o governo da Índia ignora tais disputas ao considerar o templo como um patrimônio nacional.


 Os materiais de construção foram trazidos de vários países, incluindo Arábia Saudita, Egito e Tibet, bem como de vários lugares da Índia. Na entrada é uma hospedaria para viajantes de descanso. A cobertura massiva arenito abre para um jardim florido de arbustos e caminhos de mármore ciprestes e uma lagoa do lírio onde ela reflete o magnífico edifício.
Apesar de seu grande tamanho, Taj Mahal é tão bem proporcionado e tão bem feito que parece que quase não toca o chão. Em terraços, de um lado e do outro, idênticos suporte duas mesquitas, um é para a adoração, e o outro é um armazém. O edifício é octogonal, mármore branco incrustado com pedras semi-preciosas esculpidas como flores, com citações do Corão.
As portas de prata originais foram roubados, assim como as joias que adornam parte da câmara central. O eco do edifício é capaz de segurar uma nota musical por 15 segundos ou mais.
Uma velha tradição popular afirma que Shah Jehan idêntico previsto a construção de um mausoléu na margem oposta do rio Yamuna, substituindo o mármore branco preto. Uma ponte de prata ligaria os dois túmulos. Lenda sugere que Shah Jahan foi deposto por seu filho Aurangzeb antes de a versão preta poderia ser construído, e que os restos de mármore negro que podem ser encontrados através do rio são as bases do segundo mausoléu inacabado. O único prazer que ele gostava da Shah Jehan em seus últimos dias depois de ser preso pelo seu próprio filho, era olhar através do rio para o mausoléu de sua amada Mumtaz Mahal.
Além de impulsionar a construção do Taj Mahal, o sultão Shah Jahan fundou a cidade de Shajahanabad (Old Delhi), ampliando o palácio-fortaleza (1639-1648), que abriga a magnífica mesquita de La Perla (1646-1654). Os edifícios construídos sob seu reinado são a prova da força e vitalidade das dinastias mongói

Para assistir um documentário click Aqui.


Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=VOkRymzk3-s
https://www.google.com.br/search?
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taj_Mahal
http://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Taj_Mahal




quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A grande muralha - China


A muralha atravessa desertos, é  área geladas


Durante muito tempo pensou-se que a Grande Muralha fora construída para proteger o Império Chinês contra a ameaça de invasão por tribos vizinhas. Na verdade, porém, o Império Qin não corria qualquer perigo em relação às tribos do norte quando a muralha começou a ser construída.

Apenas os Hsiung-nu se haviam fixado significativamente no território chinês, e mesmo estes pouco resistiram quando o exército de Meng T’ien os expulsou da região de Ordos. A muralha seria uma defesa contra ataques futuros, mas o custo em vidas humanas parece excessivo para uma estrutura que não era uma necessidade imediata.
A idéia da muralha pode ter nascido da obsessão de Shi Huang Di pela segurança e da sua paixão por grandes projetos. Porém, pode ter havido razões mais pragmáticas: a muralha seria um local conveniente para onde enviar os desordeiros e fazê-los trabalhar.A construção da muralha também dava emprego aos milhares de soldados sem trabalho, depois que a formação do império pôs fim à guerra entre os estados. Além disso, logo que a muralha ficasse terminada, teriam de ser colocados soldados em toda a sua extensão, assegurando-se assim que grande parte do exército seria mantida bem longe do capital. As primeiras construções surgiram antes da unificação do império, em 221 a.C. Ao unir sete reinos em um país, o imperador Qin Shihuang (259-210 a.C. - Dinastia Chin) começou a unificar a muralha, aproveitando as inúmeras fortificações construídas por reinos atuais. Com aproximadamente três mil quilômetros de extensão à época, foi ampliada nas dinastias seguintes.

Com a morte do imperador Qin Shihuang, iniciou-se na China um período de agitações políticas e de revoltas, durante o qual os trabalhos na Grande Muralha ficaram paralisados. Com a ascensão da Dinastia Han ao poder, por volta de 206 a.C., reiniciou-se o crescimento chinês e os trabalhos na muralha foram retomados ao longo dos séculos até o seu esplendor na Dinastia Ming, por volta do século XV, quando adquiriu os atuais aspectos e uma extensão de cerca de sete mil quilômetros. Acredita-se que os trabalhos na muralha ocuparam a mão de obra de cerca de um milhão de operários (até 80% teriam perecido durante a sua construção, por causa da má alimentação e do frio), entre soldados, camponeses e prisioneiros.

Povos Mongóis
A magnitude da obra, entretanto, não impediu as incursões de mongóis, xiambeis e outros povos, que ameaçaram o império chinês ao longo de sua história. Por volta do século XVI perdeu a sua função estratégica, vindo a ser abandonada a partir de 1664, com a expansão chinesa na direção norte na Dinastia Qing.

No século XX, na década de 1980, Deng Xiaoping deu prioridade à Grande Muralha como símbolo da China, estimulando uma grande campanha de restauração de diversos trechos. Porém, a requalificação do monumento como atração turística sem normas para a sua utilização adequada, aliada à falta de critérios técnicos para a restauração de alguns trechos (como o próximo a Jiayuguan, no Oeste do país, onde foi empregado cimento moderno sobre uma estrutura de pedra argamassada, que levou ao desabamento de uma torre de seiscentos e trinta anos), geraram várias críticas por parte dos preservacionistas, que estimam que cerca de dois terços do total do monumento estejam em ruínas.
Encontro da Muralha com o mar

Estrutura

Por não se tratar de uma estrutura única, as características da Grande Muralha variam de acordo com a região em que os diferentes trechos estão construídos. Devido a diferenças de materiais, condições de relevo, projetos e técnicas de construção, e mesmo da situação militar vivida por cada dinastia, os trechos da muralha apresentam variações. Perto de Beijing, por exemplo, os muros foram construídos com blocos de pedras de calcário; em outras regiões, podem ser encontrados o granito ou tijolos no aparelho das muralhas; nas regiões mais ocidentais, de desertos, onde os materiais são mais escassos, os muros foram construídos com vários elementos, entre os quais faxina (galhos de plantas enfeixados).
Extensão da muralha chega a 2400 km

 Em geral os muros apresentam uma largura média de sete metros na base e de seis metros no topo, alçando-se a uma altura média de sete metros e meio. Segundo anunciaram cientistas chineses em abril de 2009, o comprimento total da muralha é de 8.850 km.
Além dos muros, em posição dominante sobre os terrenos, a muralha compreende ainda elementos como portas, torres de vigilância e fortes.

As torres, cujo número é estimado por alguns autores em cerca de quarenta mil, permitiam observar a aproximação e a movimentação do inimigo. As sentinelas que as guarneciam serviam-se de um sistema de comunicações que empregava bandeiras coloridas, sinais de fumaça e fogos. De planta quadrada, atingiam até dez metros de altura, divididas internamente. No pavimento inferior podiam ser encontrados alojamentos para os soldados, estábulos para os animais e depósitos de armas e suprimentos. Durante a Dinastia Ming, um sinal de fumaça junto com um tiro significava a aproximação de cem inimigos, dois sinais de fumaça acompanhados de dois tiros eram o alerta para quinhentos inimigos, e três sinais de fumaça com três tiros para mais de mil inimigos .

Os fortes guarneciam posições estratégicas, como passos entre as montanhas. Eram dotados de escadas para a infantaria e de rampas para a cavalaria, funcionando como bases de operação. Eram dominados por uma torre de planta quadrada, que se elevava a até doze metros de altura, e defendidos por grandes portões de madeira


Para ver um documentário sobre a história da muralha da China - clique AQUI









quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Montanhas Douradas do Altai - Russia

Montanhas Douradas do Altai é o nome de um local inscrito como Patrimônio Mundial da UNESCO e inclui a Reserva Natural de Katun, o Lago Teletskoye, o Monte Belukha e o Platô de Ukok. Esta região representa "a mais completa sequência de vegetação de altitude na Sibéria central, incluindo estepes, florestas-estepe, florestas mistas, vegetação subalpina e vegetação alpina".
A UNESCO também cita a importância da preservação dos mamíferos ameaçados da região como o leopardo-das-neves e o altai argali. A área cobre 16.175 km2. 
Esta extensa área montanhosa é o divisor de águas entre a Ásia central e o Oceano Ártico e inclui as nascentes dos rios Katun e Baya. A confluência destes dois rios, além do limite do site indicado, forma o rio Ob de 5.410 km, o quinto maior rio do mundo, que desemboca no Oceano Ártico a norte. O típico relevo característico dos picos da montanha incluem o Monte Belukha com 4.605 mt, vales, ‘circos’ cavados com bacias de Lago, colinas e cristas morainal . As origens das montanhas em geral remonta ao período de ‘Caledonian-Hercyninan’, apesar de rochas das eras pré-cambriano, Mesozóico e Cenozóico são encontradas. O fator mais importante na paisagem tem sido a influência da glaciação, com cinco períodos glaciais em evidência. 1.499 Glaciares na região de Altai, muitos estão dentro a propriedade nomeada, no grupo de Altai Sul e o grupo central de Altai
Altaisky Zapovednik e zona-tampão em torno do Lago Teletskoye na parte oriental do Altai é composto de uma taiga montanhosa, uma zona glacial, prados de montanha e alta altitude tundra e estepes. Mais de 1.400 plantas vasculares são encontradas na Zapovednik e destes, 17% são espécies endêmicas. A área oferece suporte a uma fauna diversificada, incluindo 72 espécies de mamíferos e 310 espécies de aves. O Leopardo das Neves e ovelhas argali também são encontrados dentro do parque. Lago Teletskoye é o maior corpo de água doce na Sibéria de ‘Midi-Pyrénées’.
Katunsky Zapovednik e a zona tampão ao redor do Monte Belukha estão localizadas na parte sul de Altai, apresentando uma variação larga altitudinal e associados ecossistemas, incluindo taigas de montanha, prados alpinos, extensas zonas glaciais, áreas de tundra e estepe de alta montanha. A região contém muitas das relíquias importantes e espécies endêmicas. A zona de silêncio Ukok está localizada no sudeste da República de Altai, sobre uma alta montanha dominada por colinas e paisagens de estepe com pantanos, córregos e lagos.
 A região possui um rico patrimônio cultural. Os primeiros seres humanos apareceram na região quase 1 milhão de anos atrás, como evidenciado pelo Paleolítico assentamentos na região de Gorno-Altaisk. A área de montanhas de ouro era parte de emergentes e recolhendo uniões tribais, khanates e os impérios dos citas, turcos, uigures, Yenissey quirguiz, Kidans, mongóis e Oitrats. Em meados do século XVIII, a região de Altai tornou-se parte do Império Russo. A área é pouco povoada com as populações locais dos russos e Altaisky, uma etnia de língua turca, principalmente envolvidas na pastorícia tradicional, agricultura de baixa intensidade, caça e o recolhimento. Essas pessoas têm coexistiram com a natureza há milênios e têm uma forte afinidade com o ambiente natural. Na verdade, um crítico comentou que importante biodiversidade regional é provavelmente não devido a fatores puramente ao naturais, mas os milênios de pastoreio. O Ukok Quiet Zone e Monte Belukha têm determinados valores culturais e religiosos para a população local.
Click e confira a Localização Geografica


Montanhas Beluka

lago Teletskoe


Reserva Natural Katun


Leopardo das neves


bode das montanhas 




Fontes de pesquisas:
http://nturismo.com/montanhas-douradas-de-altai/
https://www.youtube.com/watch?v=SvIvCtIZ5do
pt.wikipedia.org/wiki/montanhas_alta






sábado, 17 de janeiro de 2015

Angkor Wat - Cidade misteriosa - Camboja





Angkor Wat – ou "cidade templo", em sânscrito - é maior que qualquer catedral medieval e protegida por um fosso. O templo ergue-se nas regiões alagadiças no centro do Camboja. Sua altura é duas vezes maior que a da Torre de Londres, representando um dos maiores projetos de engenharia da história - não apenas pelo tamanho, mas por ter sido construído sobre água. Angkor Wat flutua sobre um pântano sustentado por diversas galerias subterrâneas. O local foi construído ao longo de 35 anos (muitas catedrais europeias levaram mais de 200 anos e são frequentes vezes menores que Angkor Wat).

Angkor Wat faz parte do complexo conjunto de templos construídos na zona de Angkor - a antiga capital do Império khmer - durante a sua época de esplendor, entre os séculos IX e XV. No local foram encontradas mais de mil ruínas de templos com diversos tamanhos e estilos; no entanto, Angkor Wat é o mais imponente e famoso, sendo considerado o maior monumento religioso e tesouro arqueológico do mundo. O templo é o principal representante da arquitetura angkoriana, sendo a sua mais refinada realização, e é também a ultima construção realizada sob influência puramente hinduísta. O que levou seu rei a construir esse magnifico templo foi a insegurança causada pela forma como chegou ao poder - usurpando o trono do tio aos 14 anos. Pretendendo consolidar-se como legítimo rei, Suryavarman II, no começo do século XII, foi orientado por seus conselheiros e iniciou a construção do templo: a arquitetura e a arte são em diversas culturas uma forma de um rei provar ser o escolhido pelos deuses para reinar. Construir um templo é uma das maneiras de os reis Khmer demonstrarem seu poderio, por isso existem mais de 700 templos espalhados pelo Camboja. 
Sua primeira decisão foi a escolha de Vishu como padroeiro - deus hindu, sempre escolhido pelos reis em tempos de guerra. E em sua homenagem começou-se a erguer Angkor Wat. O material escolhido não foi a madeira – comum nas construções do povo Khmer – pois esta, assim como os homens, tem um fim. Para a tarefa trouxeram cerca de cinco mil operários de todos os lugares dos reinos, que buscaram pedras e matérias das regiões mais longínquas, revestiram o pântano e construiram um complexo sistema de engenharia para o templo não afundar.


 Além do povo, o rei requisitou arquitetos, filósofos, poetas e profetas neste projeto, para que sua alma fosse direto para o paraíso com a construção do templo. Sua escala é divina, reproduzindo na terra o mundo dos deuses em ricos detalhes. A concepção do templo é baseada no Monte Meru, a morada dos deuses, que estaria localizada em um dos cinco montes ao norte do Himalaia. Por isso, no centro fica a torre principal, rodeada por cinco torres – com formato de flor de lótus - que se elevam a 65 metros dos pântanos.A construção é toda em laterita – um tipo de solo que, quando seco, se torna uma rocha resistente. Esta rocha não é muito bela e está cheia de buracos, o que impossibilitava o trabalho dos escultores para realização dos baixos-relevos e outros entalhes. A solução veio da vizinha Índia, que utilizava o arenito nas esculturas de suas construções. 
Assim, blocos gigantes de quatro toneladas foram transportados pelos canais.Esses baixos-relevos ocupam toda a superfície do templo, seja em forma de adornos arquitetônicos, geométricos, florais, figuras femininas - presença onipresente - ou simplesmente imitando telhas, portas e janelas. Cenas do livro Mahabharata, Ramayana, Bhagavata-Purana – textos clássicos da literatura hindu - assim como um desfile do rei Suryavarman II com as suas tropas são retratados nessas obras.Quinhentos acres de floresta tropical foram destruídos para a construção do templo. Uma tarefa árdua, dificultada pela falta de ferramentas adequadas, longe das fontes de pedras, com o tormento de insetos e animais, um calor escaldante e as monções. O local era o mais complexo possível (uma planície alagada), mas simbolicamente o mais perfeito, pois era o centro do império.
A construção foi pensada primeiramente como túmulo do imperador, mas após sua morte os trabalhos foram interrompidos e o local tornou-se o centro político e religioso do império, abrigando o templo principal e o palácio real. Seu sucessor, Jayavarman VIII, que antes era monge budista, mandou remodelar o templo para adaptá-lo ao seu culto. Mas nesse período o Império Khmer já entrara em declínio.Mesmo após a decadência do império, os monges e alguns habitantes permaneceram no templo. Hoje, os esforços para restaurá-lo - já foi vitima de saques do Khmer Vermelho na década de 1970 e de contrabandos – envolvem pessoas de todo o mundo. Sua representatividade é tamanha que sua silhueta aparece na bandeira do Camboja, tornando-se símbolo do país e seu principal ponto turístico. Seja pela história ou magnitude, Angkor Wat é o maior entre todos os templos.


Para fazer um tour nesta Joia do Camboja- clique Aqui

Fonte de pesquisa:
http://obviousmag.org/archives/2012/02/a_civilizacao_perdida_de_angkor_wat.html

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Montanhas de Xinjiang Tianshan - China


 As montanhas de Xinjiang Tianshan é um dos mais novos patrimônios naturais da  humanidade.
 Parte de uma das maiores cadeias montanhosas do mundo, o Himalaia, as montanhas de Xinjiang Tianshan se estendem por toda a China, Cazaquistão, Uzbequistão e Quirguistão. Dois terços de seus 2.500 quilômetros de comprimento ficam em território chinês, sendo que seu ponto mais alto, conhecido como Pico Vitória, localiza-se a 7.439 metros sobre o nível do mar na fronteira com o Quirguistão. De acordo com a Unesco, a escolha da região deve-se ao valor universal de sua estética diversa, que inclui desde densas florestas e prados alpinos à paisagens tomadas por cânions, penhascos, lagos e até pântanos.

Neste vídeo veremos a geografia,um pouco da fauna e a diversidade cultural que há ao longo destas montanhas - Para ver clique  Aqui



fonte de pesquisa:
http://exame.abril.com.br/
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B3nio_Mundial

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Catedral de Santa Maria del Fiore - Itália

Hoje visitaremos Catedral de Santa Maria del Fiore, localizada em Florença, na Itália. A Catedral de Santa Maria del Fiore  "Santa Maria da Flor" é o "Duomo" de Florença, Itália, e está localizada na praça homônima.
Era já em 1971 a quinta igreja da Europa em grandeza, depois da Basílica de São Pedro, da Catedral de São Paulo, da Catedral de Sevilha e da Catedral de Milão. Possui 153 metros de comprimento e 90 metros de largura no transepto, enquanto o tambor da cúpula possui 54 metros.
A construção iniciou-se em 1296 com projeto de Arnolfo de Cambio sobre as fundações da antiga Catedral de Santa Reparada. Após a morte de Arnolfo, passou pela supervisão de Giotto di Bondone, depois por Francesco Talenti e teve sua cúpula construída por Filippo Brunelleschi. Ao fim das obras da cúpula em 1436, a catedral foi consagrada pelo papa Eugênio IV.
É a catedral da arquidiocese de Florença e pode acomodar até trinta mil pessoas. 



Um tour na catedral - Clique aqui



 História


O Duomo de Florença, como o vemos hoje, é o resultado de um trabalho que se estendeu por seis séculos. Seu projeto básico foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do século XIII, sua cúpula é obra de Filippo Brunelleschi, e sua fachada teve de esperar até o século XIX para ser concluída. Ao longo deste tempo uma série de intervenções estruturais e decorativas no exterior e interior enriqueceriam o monumento, dentre elas a construção de duas sacristias e a execução de esculturas e afrescos por Paolo UccelloAndrea del CastagnoGiorgio Vasari e Federico Zuccari, autor do Juízo Final no interior da cúpula. Foi construída no lugar da antiga catedral dedicada a Santa Reparata, que funcionou durante nove séculos até ser demolida completamente em1375.
Em 1293, durante a República Florentina, o notário Ser Mino de Cantoribus sugeriu a substituição de Santa Reparata por uma catedral ainda maior e mais magnificente, de tal forma que "a indústria e o poder do homem não pudessem inventar ou mesmo tentar nada maior ou mais belo", e estava preparado para financiar a construção. Entretanto, esperava-se que a população contribuísse, e todos os testamentos passaram a incluir uma cláusula de doação para as obras. O projeto foi confiado a Arnolfo em 1294, e ele cerimoniosamente lançou a pedra fundamental em 8 de setembro de 1296.
Arnolfo trabalhou na construção até 1302, ano de sua morte, e embora o estilo dominante da época fosse o gótico, seu projeto foi concebido com uma grandiosiddade clássica. Arnolfo só pôde trabalhar em duas capelas e na fachada, que ele teve tempo de completar e decorar só em parte. Com a morte do arquiteto o trabalho de construção sofreu uma parada. Um novo impulso foi dado quando em 1330 foi descoberto o corpo de São Zenóbio em Santa Reparata, que ainda estava parcialmente de pé. Giotto di Bondone então foi indicado supervisor em1334, e mesmo que não tivesse muito tempo de vida (morreu em 1337) ele decidiu concentrar suas energias na construção do campanário. Giotto foi sucedido por Andrea Pisano até 1348, quando a peste negra reduziu a população da cidade de 90 mil para 45 mil habitantes.

Sob Francesco Talenti, supervisor entre 1349 e 1359, o campanário foi concluído e preparou-se um novo projeto para o Duomo, com a colaboração de Giovanni di Lapo Ghini: a nave central foi dividida em quatro espaços quadrangulares com duas alas retangulares, reduzindo o número de janelas planejadas por Arnolfo. Em 1370 a construção já estava bem adiantada, o mesmo se dando com o novo projeto para a abside, que foi circundada por tribunas que amplificaram o trifólio de Arnolfo. Por fim Santa Reparata terminou de ser demolida em 1375. Ao mesmo tempo continuou-se o trabalho de revestimento externo com mármores e decoração em torno das entradas laterais, a Porta dei Canonici (sul) e a Porta della Mandorla (norte), esta coroada com um relevo da Assunção, última obra deNanni di Banco.
Contudo, o problema da cúpula ainda não fora resolvido. Brunelleschi fez seu primeiro projeto em 1402, mas o manteve em segredo. Em 1418, a Opera del Duomo, a centenária empresa administradora dos trabalhos na Catedral, anunciou um concurso que Brunelleschi haveria de vencer, mas o trabalho não iniciaria senão dois anos mais tarde, continuando até 1434. A Catedral foi consagrada pelo Papa Eugênio IV em 25 de março (o Ano Novo florentino) de 1436, 140 anos depois do início da construção. Os arremates que ainda esperavam conclusão eram a lanterna da cúpula (colocada em 1461) e o revestimento externo com mármores brancos de Carrara, verdes de Prato, e vermelhos de Siena, de acordo com o projeto original de Arnolfo.
A fachada
A fachada original, desenhada por Arnolfo di Cambio, só foi começada em meados do século XV, realizada de fato por vários artistas em uma obra coletiva, mas de toda forma só foi terminada até o terço inferior. Esta parte foi desmantelada por ordem de Francesco I de Medici entre 1587 e 1588, pois era considerada totalmente fora de moda naquela altura. O concurso que foi aberto para a criação de uma nova fachada acabou em um escândalo, e os desenhos subseqüentes que foram apresentados não foram aceites. A fachada ficou, então, despida até o século XIX, mas estatuária e ornamentos originais sobrevivem no Museu Opera del Duomo e em museus de Paris e Berlim.


Em 1864Emilio de Fabris venceu um concurso para uma nova fachada, que é a que vemos hoje, um enorme e magistral trabalho de mosaico em mármores coloridos em estilo neogótico, com uma volumetria dinâmica e harmoniosa. Pronta em 1887, foi dedicada àVirgem Maria, e é ricamente adornada com estatuária de elegante e austero desenho. Em 1903 terminaram-se as monumentais portas de bronze, com várias cenas em relevo e outras decorações.
Interio
Sua planta é basilical, com três naves, divididas por grandes arcos suportados por colunas monumentais. Tem 153 metros de comprido por 38 metros de largo, e 90 metros no transepto. Seus arcos se elevam até 23 metros de altura, e o cume da cúpula, a 90 metros.
Suas decorações internas são austeras, e muitas se perderam no curso dos séculos. Alguns elementos acharam abrigo no Museu Opera del Duomo, como os coros de Luca della Robbia e Donatello. Subsistem também os monumentos a Dante, a John Hawkwood, a Niccolò da Tolentino, a Antonio d'Orso, e os bustos de Giotto (de Benedetto da Maiano), Brunelleschi (de Buggiano - 1447), Marsilio Ficino, eAntonio Squarcialupi.
Sobre a porta de entrada há um relógio colossal com decoração em pintura de Paolo Uccello, e acertado de acordo com a hora italica, uma divisão do tempo comumente empregada na Itália até o século XVIII, que dava o por-do-sol como o início do dia.
Os vitrais são os maiores em seu gênero na Itália entre os séculos XIV e XV, com imagens de santos do Velho e Novo Testamento. O crucifixo é obra de Benedetto da Maiano, a talha do coro de Bartolommeo Bandinelli, e as portas da sacristia são de Luca della Robbia.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Machu Picchu - " A cidade Perdida " - Peru


Nossa viagem continua agora vomos conhecer uma cidade mistica, um local holístico, que desperta a curiosidade de muitos, conheça mais deste Patrimonio da Humanidade.
Para fazer um tour clique Aqui .
Localização
Machu Picchu esta localizado na província de Urubamba, no Peru. A 2400 metros de altitude, Machu Picchu está situada no alto de uma montanha, cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamaba.. As ruínas incas encontram-se a meio caminho entre os picos das duas montanha, a 450 metros acima do nível do vale e a 2.438 metros acima do nível do mar. A superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua área urbana.
As ruinas, propriamente ditas, estão dentro de um território do Sistema Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (SINANPE), chamado Santuário Histórico de Machu Picchu , que se estende sobre uma superfície de 32 592 hectares, da bacia do rio Vilcanota-Urubamba (o Willka mayu ou "rio sagrado" dos incas). O Santuário Histórico protege uma série de espécies biológicas em perigo de extinção e vários estabelecimentos incas, entre os quais Machu Picchu é considerado o principal.

Descrição
Machu Picchu ( "velha montanha"), também chamada "cidade perdida dos incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo planejado para a passagem do deus sol.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada  Patrimônio Mundial pela UNESCO.


Divisão da cidade
A zona urbana foi dividida pelos arqueólogos atuais em grupos de edifícios denominados por números entre 1 e 18. Ainda está em vigência o esquema proposto por Chavez Ballón em 1961 que divide a zona urbana em “setor hanan” (alto) e “setor hurin” (baixo) conforme a tradicional bipartição da sociedade e da hierarquia andina. O eixo físico dessa divisão é uma praça comprida, construída sobre terraços em diferentes níveis, de acordo com o declive da montanha.
O segundo eixo da cidade em importância forma uma cruz com o anterior, atravessando praticamente toda a largura das ruínas de leste a oeste. Consiste de dois elementos: uma larga e comprida escadaria que faz a vez de “rua principal” e um conjunto de elaboradas fontes de água que corre paralelo a ela.
Na intersecção dos dois eixos estão localizadas a residência do inca, o templo observatório do torreão e a primeira e mais importante das fontes de água.

Setor Hanan

Conjunto 1
Templo do Sol

O recinto curvo do Templo do Sol ouTorreón
O Templo do Sol é acessível por uma porta dupla, que permanecia fechada (há restos de um mecanismo de segurança). A edificação principal é conhecida como "Torreón", de blocos finamente lavrados. Foi usado para cerimônias relacionadas com o solstício de verão.Uma de suas janelas mostra sinais de ornamentos incrustados que foram arrancados em algum momento da história de Machu Picchu, destruindo parte de sua estrutura. Mostra também sinais de um grande incêndio no lugar. O Torreón está construído sobre uma grande rocha sob a qual há uma pequena cova que foi forrada completamente com argamassa fina. Supõe-se que foi um mausoleo e que em seu interior haveria múmias. Lumbreras também especula que há indícios para afirmar que pode ser o mausoleo de Pachacutec e que sua múmia esteve ali até pouco depois da chegada dos espanhóis em Cusco.
Residência Real
Das construções destinadas a residência real. Sua porta de acesso está frente à primeira fonte da cidade e, atravessando a rua formada por uma grande escadaria, ao Templo do Sol. Inclui duas peças de grandes monólitos de pedra bem talhada. Uma dessa peças tem acesso a um quarto de serviço com canal de deságue. O conjunto inclui um curral para llhamas e um terraço privado com vista ao lado leste da cidade.

Zona sagrada


A estrutura conhecida como Templo Principal.
É chamado assim o conjunto de construções dispostas em torno de um pátio quadrado. Todas as evidências indicam que o lugar estava destinado a diferentes rituais. Inclui dois dos melhores edifícios de Machu Picchu, que são formados por rochas trabalhadas de grande tamanho: O Templo das Três Janelas, cujos muros de grandes blocos poligonais foram postos como um quebra-cabeças, e o Templo Principal, de blocos mais regulares, que se crê que foi o principal recinto cerimonial da cidade. Junto com este último está a chamada casa do sacerdote, ou câmara dos ornamentos. Há indícios que sugerem que o conjunto geral não terminou de ser construído.
Intihuatana

Intihuatana: "calendário" solar.
Trata-se de uma colina cujos lados foram convertidos em terraços, tomando a forma de uma grande pirâmide de base poligonal. Inclui duas largas escadas de acesso, ao norte e ao sul, sendo esta última especialmente interessante por estar em largo trecho talhada em um só rocha. No alto, rodeada de construções da elite, encontra-se a pedra Intihuatana ("onde se amarra o Sol"), um dos objetos mais estudados de Machu Picchu, que foi relacionado com uma série de lugares considerados sagrados a partir do qual se estabelecem claros alinhamentos entre acontecimentos astronômicos e as montanha circundantes.

Setor Urin

Rocha sagrada
Chamam-se assim uma pedra de face plana colocada sobre um amplo pedestal. É uma marcação que indica o extremo norte da cidade e é o ponto de partida do caminha a Huayna Picchu.
Grupo das três portas
É um amplo conjunto arquitetônico dominado por três grandes kanchas dispostas simetricamente e comunicadas entre si. Suas portas, de idêntico formato, dão para a zona central de Machu Picchu. 
Vista del Conjunto 9 ou das Três Portadas sobre três níveis de terraços frente à praça principal.

Aspectos construtivos

Engenharia hidráulica e de solo

Uma cidade de pedra construída no alto de um istmo entre duas montanhas e entre duas falhas geológicas, em uma região submetida a constantes terremotos e, sobretudo a constantes chuvas o ano todo apresenta um desafio para qualquer construtor: evitar que todo o complexo se desmorone. Segundo Alfredo Valencia e Keneth Wright "o segredo da longevidade de Machu Picchu é seu sistema de drenagem". O solo das áreas não trabalhadas possui um sistema de drenagem que consiste em capas de pedras trituradas e rochas para evitar o empoçamento da água das chuvas. 129 canais de drenagem se estendem por toda a área urbana, feitos para evitar a erosão, desembocando em sua maior parte no fosso que separa a área urbana da agrícula, que era na verdade o desague principal da cidade. Calcula-se que 60% do esforço construtivo de Machu Picchu estava em fazer as cimentações sobre terras que já sofreram terraplanagem com cascalho para um bom dreno das águas em excesso.

Orientação das construções

Existem sólidas evidências de que os construtores tiveram em conta critérios astronômicos e rituais para a construção de acordo com estudos de Dearborn, White, Thomson e Reinhard, entre outros. Na verdade, o alinhamento de alguns edifícios importantes coincide com o azimute solar durante os solstícios de maneira constante e com os pontos donascer-do-sol e pôr-do-sol em determinadas épocas do ano, e com o topo das montanhas circundantes.

Arquitetura

Material  - Morfologia
·         Quase todos os edifícios são de planta retangular. Há os de uma, duas e até oito portas, normalmente em apenas um dos lados maiores do retângulo. Existem poucas construções de planta curva e circular.
·         São frequentes as construções chamadas huayranas. Estas só possuem três muros. Neste caso no espaço do "muro faltante" aparece uma coluna de pedra para sustentar uma viga de madeira que serve de suporte ao teto. Também existem os chamados masmas, duas huayranas unidas por um muro no meio.

Detalhe de parede
·         As construções normalmente seguem o esquema das kanchas, ou seja, quatro construções retangulares dispostas em torno de um pátio central unidos por um eixo de simetria transversal.A este pátio dão todas as portas.
Muros e paredes
Os muros e paredes de pedra eram basicamente de dois tipos:
·         De pedra unida com argamassa de barro e outras substâncias. Há evidências de que estas construções, que são maioria em Machu Picchu, estiveram recobertas com uma camada de argila e pintadas (em amarelo e vermelho, ao menos), embora a desintegração precoce dos tetos as tornaram vulneráveis à chuva frequente da região e portanto não se conservara.
·         De pedra cuidadosamente lavrada nas construções de elite. São blocos de granito, sem brilho e perfeitamente talhados em forma de prismas retangulares (paralelepípedos, como os tijolos) ou poligonais. Suas faces exteriores podem ser almofadadas, ou seja, com protuberâncias, ou perfeitamente lisas. Nesses casos, a união dos blocos parece perfeita e permite supor que não têm nenhum tipo de argamassa; porém de fato o tem: é uma fina capa de material aglutinante que se encontra entre pedra e pedra embora seja invisível por fora. O esforço dessas realizações em uma sociedade sem ferramentas de ferro (somente conheciam o bronze, muito menos rígido) é notável.
Cobertura

Cobertura reconstruída
Não se conservou nenhum teto original, porém há consenso em afirmar que a maioria das construções o tinham, de duas ou quatro águas. Houve um teto cônico sobre o torreón e era formado por uma armação de troncos de Alnus acuminata amarrado e coberto por camadas de Stipa ichuun. A fragilidade desse tipo de palha e alta pluviosidade da região fez necessário que estes tetos tivesse inclinação de até 63º. Assim a altura dos tetos muitas vezes duplicava a altura do resto do edifício.
Portas, janelas e nichos

Janela de casa
·         Como é clássico na arquitetura inca, a maioria das portas, janelas e nichos (chamados falsas janelas) têm forma trapezoidal, mais larga na base que no topo. A trava superior podiam ser de madeira ou de pedra (às vezes um só grande bloco). As portas dos recintos mais importantes eram duplas e em alguns casos incluíam um mecanismo de fechamento interior.
·         As paredes interiores de boa parte das construções têm nichos em forma trapezoidal, junto às janelas. Blocos cilíndricos ou retangulares sobressaem com frequência dos muros como grandes varandas, dispostos em forma simétrica com os nichos, quando existentes

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Machu Picchu sofre com o turismo desenfreado:

Autoridades culturais do Peru entregaram à Unesco um plano de preservação e de turismo sustentável da região inca de Machu Picchu para evitar que a organização retire do local o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Depois de advertências sobre o risco de deterioração do local, a Unesco ameaçou em 2003 incluir Machu Picchu em sua lista de lugares que correm perigo, após especialistas considerarem que o turismo sem restrições e os deslizamentos de terra haviam deteriorado o sítio arqueológico mundialmente famoso e os atrativos em seu entorno.
- Reenviamos o Plano Mestre Machu Picchu à Unesco, como se comprometeu o governo peruano, para zelar pela conservação do patrimônio. Machu Picchu está em uma zona que oferece risco permanente de deslizamentos sérios em épocas de chuvas, que podem colocar sob risco o patrimônio, mas isso não significa que a região esteja desmoronando como alguns disseram - acrescentou a diretora do Instituto Nacional de Cultura (INC) do Peru, Maria Elena Córdova.