Nossa viagem continua agora vomos conhecer uma cidade mistica, um local holístico, que desperta a curiosidade de muitos, conheça mais deste Patrimonio da Humanidade.
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Localização
Machu Picchu esta localizado na província de Urubamba, no Peru. A 2400 metros de altitude, Machu
Picchu está situada no alto de uma montanha,
cercada por outras montanhas e circundada pelo rio Urubamaba..
As ruínas incas encontram-se a meio caminho entre os picos das duas montanha, a
450 metros acima do nível do vale e a 2.438 metros acima do nível do mar. A
superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de comprimento por 200 de
largura e contém 172 edifícios em sua área urbana.
As ruinas,
propriamente ditas, estão dentro de um território do Sistema Nacional de Áreas
Naturais Protegidas pelo Estado (SINANPE), chamado Santuário Histórico de Machu Picchu ,
que se estende sobre uma superfície de 32 592 hectares, da bacia do rio Vilcanota-Urubamba (o Willka mayu ou
"rio sagrado" dos incas). O Santuário Histórico protege uma série de espécies
biológicas em perigo de extinção e vários estabelecimentos incas, entre
os quais Machu Picchu é considerado o principal.
Descrição
Machu Picchu ( "velha
montanha"), também
chamada "cidade perdida dos incas", é
uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha,
a 2400 metros de
altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída
no século XV,
sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico
do Império Inca, quer devido à sua original
localização e características geológicas,
quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30%
da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas
reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A
construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco
espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada
principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se
destaca a zona sagrada com templos, praças e
mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a
excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes,
destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os
templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo
ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a história inca, tudo
planejado para a passagem do deus
sol.
Há diversas teorias sobre
a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento
construído com o objetivo de supervisionar a economia das
regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e seu séquito
mais próximo, no caso de ataque.
Pela obra humana e pela localização
geográfica, Machu Picchu é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Divisão da cidade
A zona urbana foi dividida pelos
arqueólogos atuais em grupos de edifícios denominados por números entre 1 e 18.
Ainda está em vigência o esquema proposto por Chavez Ballón em 1961 que divide a zona urbana em “setor hanan”
(alto) e “setor hurin” (baixo) conforme a tradicional bipartição da sociedade e
da hierarquia andina. O eixo físico dessa divisão é uma praça comprida,
construída sobre terraços em diferentes níveis, de acordo com o declive da
montanha.
O segundo eixo da cidade em
importância forma uma cruz com o anterior, atravessando praticamente toda a
largura das ruínas de leste a oeste. Consiste de dois elementos: uma larga e
comprida escadaria que faz a vez de “rua principal” e um conjunto de elaboradas
fontes de água que corre paralelo a ela.
Na intersecção dos dois eixos
estão localizadas a residência do inca, o templo observatório do torreão e a
primeira e mais importante das fontes de água.
Setor Hanan
Conjunto 1
Templo do Sol
O recinto
curvo do Templo do Sol ouTorreón
O Templo do Sol é acessível por
uma porta dupla, que permanecia fechada (há restos de um mecanismo de
segurança). A edificação principal é conhecida como "Torreón",
de blocos finamente lavrados. Foi usado para cerimônias relacionadas com o solstício de verão.Uma de suas janelas mostra sinais de
ornamentos incrustados que foram arrancados em algum momento da história de
Machu Picchu, destruindo parte de sua estrutura. Mostra também sinais de um
grande incêndio no lugar. O Torreón está construído sobre uma grande rocha sob a
qual há uma pequena cova que foi forrada completamente com argamassa fina.
Supõe-se que foi um mausoleo e que em seu interior haveria múmias. Lumbreras
também especula que há indícios para afirmar que pode ser o mausoleo de Pachacutec e que sua múmia esteve ali até pouco depois
da chegada dos espanhóis em Cusco.
Residência Real
Das construções destinadas a
residência real. Sua porta de
acesso está frente à primeira fonte da cidade e, atravessando a rua formada por
uma grande escadaria, ao Templo do Sol. Inclui duas peças de grandes monólitos
de pedra bem talhada. Uma dessa peças tem acesso a um quarto de serviço com
canal de deságue. O conjunto inclui um curral para llhamas e um terraço privado
com vista ao lado leste da cidade.
Zona
sagrada
A
estrutura conhecida como Templo Principal.
É chamado assim o conjunto de
construções dispostas em torno de um pátio quadrado. Todas as evidências
indicam que o lugar estava destinado a diferentes rituais. Inclui dois dos
melhores edifícios de Machu Picchu, que são formados por rochas trabalhadas de
grande tamanho: O Templo
das Três Janelas, cujos muros de grandes blocos poligonais foram postos como um
quebra-cabeças, e o Templo
Principal, de blocos mais regulares, que se crê que foi o principal
recinto cerimonial da cidade. Junto com este último está a chamada casa do sacerdote, ou câmara dos ornamentos. Há
indícios que sugerem que o conjunto geral não terminou de ser construído.
Intihuatana
Intihuatana:
"calendário" solar.
Trata-se de uma colina cujos
lados foram convertidos em terraços, tomando a forma de uma grande pirâmide de
base poligonal. Inclui duas largas escadas de acesso, ao norte e ao sul, sendo
esta última especialmente interessante por estar em largo trecho talhada em um
só rocha. No alto, rodeada de construções da elite, encontra-se a pedra Intihuatana ("onde se amarra o Sol"), um dos
objetos mais estudados de Machu Picchu, que foi relacionado com uma série de
lugares considerados sagrados a partir do qual se estabelecem claros
alinhamentos entre acontecimentos astronômicos e as montanha circundantes.
Setor Urin
Rocha sagrada
Chamam-se assim uma pedra de face
plana colocada sobre um amplo pedestal. É uma marcação que indica o extremo
norte da cidade e é o ponto de partida do caminha a Huayna Picchu.
Grupo das três portas
É um amplo conjunto arquitetônico
dominado por três grandes kanchas dispostas simetricamente e comunicadas
entre si. Suas portas, de idêntico formato, dão para a zona central de Machu
Picchu.
Vista del
Conjunto 9 ou das Três Portadas sobre três níveis de terraços frente à praça
principal.
Aspectos construtivos
Engenharia
hidráulica e de solo
Uma cidade de pedra construída no
alto de um istmo entre duas montanhas e entre duas falhas geológicas, em uma região submetida a
constantes terremotos e,
sobretudo a constantes chuvas o ano todo apresenta um desafio para qualquer
construtor: evitar que todo o complexo se desmorone. Segundo Alfredo Valencia e
Keneth Wright "o segredo
da longevidade de Machu Picchu é seu sistema de drenagem". O
solo das áreas não trabalhadas possui um sistema de drenagem que
consiste em capas de pedras trituradas e rochas para evitar o empoçamento da
água das chuvas. 129 canais de drenagem se estendem por toda a área urbana,
feitos para evitar a erosão, desembocando em sua maior parte no
fosso que separa a área urbana da agrícula, que era na verdade o desague
principal da cidade. Calcula-se que 60% do esforço construtivo de Machu Picchu
estava em fazer as cimentações sobre terras que já sofreram terraplanagem com
cascalho para um bom dreno das águas em excesso.
Orientação
das construções
Existem sólidas evidências de que
os construtores tiveram em conta critérios astronômicos e rituais para a
construção de acordo com estudos de Dearborn, White, Thomson e Reinhard, entre
outros. Na verdade, o alinhamento de alguns edifícios importantes coincide com
o azimute solar
durante os solstícios de
maneira constante e com os pontos donascer-do-sol e pôr-do-sol em
determinadas épocas do ano, e com o topo das montanhas circundantes.
Arquitetura
Material - Morfologia
·
Quase todos os edifícios são de planta retangular. Há os de uma,
duas e até oito portas, normalmente em apenas um dos lados maiores do
retângulo. Existem poucas construções de planta curva e circular.
·
São frequentes as construções chamadas huayranas.
Estas só possuem três muros. Neste caso no espaço do "muro faltante"
aparece uma coluna de pedra para sustentar uma viga de madeira que serve de
suporte ao teto. Também existem os chamados masmas,
duas huayranas unidas por um muro no meio.
Detalhe de
parede
·
As construções normalmente seguem o esquema das kanchas,
ou seja, quatro construções retangulares dispostas em torno de um pátio central
unidos por um eixo de simetria transversal.A
este pátio dão todas as portas.
Muros e paredes
Os muros e paredes de pedra eram
basicamente de dois tipos:
·
De pedra unida com argamassa de
barro e outras substâncias. Há evidências de que estas construções, que são
maioria em Machu Picchu, estiveram recobertas com uma camada de argila e
pintadas (em amarelo e vermelho, ao menos), embora a desintegração precoce dos
tetos as tornaram vulneráveis à chuva frequente da região e portanto não se
conservara.
·
De pedra cuidadosamente lavrada nas construções de elite. São
blocos de granito, sem brilho e perfeitamente talhados
em forma de prismas retangulares (paralelepípedos, como os tijolos) ou
poligonais. Suas faces exteriores podem ser almofadadas, ou seja, com
protuberâncias, ou perfeitamente lisas. Nesses casos, a união dos blocos parece
perfeita e permite supor que não têm nenhum tipo de argamassa; porém de fato o
tem: é uma fina capa de material aglutinante que se encontra entre pedra e
pedra embora seja invisível por fora. O esforço dessas realizações em uma
sociedade sem ferramentas de ferro (somente conheciam o bronze, muito menos
rígido) é notável.
Cobertura
Cobertura
reconstruída
Não se conservou nenhum teto
original, porém há consenso em afirmar que a maioria das construções o tinham,
de duas ou quatro águas. Houve um teto cônico sobre o torreón e era formado por uma armação de
troncos de Alnus acuminata amarrado
e coberto por camadas de Stipa ichuun. A fragilidade desse tipo
de palha e alta pluviosidade da região fez necessário que estes tetos tivesse
inclinação de até 63º. Assim
a altura dos tetos muitas vezes duplicava a altura do resto do edifício.
Portas, janelas e nichos
Janela de
casa
·
Como é clássico na arquitetura inca, a maioria das portas,
janelas e nichos (chamados falsas janelas) têm forma trapezoidal, mais larga na
base que no topo. A trava superior podiam ser de madeira ou de pedra (às vezes
um só grande bloco). As portas dos recintos mais importantes eram duplas e em
alguns casos incluíam um mecanismo de fechamento interior.
·
As paredes interiores de boa parte das construções têm nichos em
forma trapezoidal, junto às janelas. Blocos cilíndricos ou retangulares
sobressaem com frequência dos muros como grandes varandas, dispostos em forma
simétrica com os nichos, quando existentes
.
Machu Picchu sofre com o turismo desenfreado:
Autoridades
culturais do Peru entregaram à Unesco um plano de preservação e de turismo
sustentável da região inca de Machu Picchu para evitar que a organização retire
do local o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Depois de advertências sobre o risco de deterioração do local, a
Unesco ameaçou em 2003 incluir Machu Picchu em sua lista de lugares que correm
perigo, após especialistas considerarem que o turismo sem restrições e os
deslizamentos de terra haviam deteriorado o sítio arqueológico mundialmente
famoso e os atrativos em seu entorno.
- Reenviamos o Plano Mestre Machu Picchu à Unesco, como se
comprometeu o governo peruano, para zelar pela conservação do patrimônio. Machu
Picchu está em uma zona que oferece risco permanente de deslizamentos sérios em
épocas de chuvas, que podem colocar sob risco o patrimônio, mas isso não significa
que a região esteja desmoronando como alguns disseram - acrescentou a diretora
do Instituto Nacional de Cultura (INC) do Peru, Maria Elena Córdova.